Minus: A Escultura Moderna Transformada em Design de Mobiliário

Yifan Ding Revela a Arte Funcional Através do Banco Minus

A escultura, uma das formas de arte mais antigas, tem sido uma fonte de inspiração para inúmeras criações ao longo da história. Yifan Ding, um designer que presta homenagem a essa tradição, apresenta o banco Minus, uma peça que reflete a habilidade artística de esculpir formas e curvas a partir de blocos maciços. O banco Minus é uma celebração da simplicidade, onde a subtração de um formato cúbico básico resulta em uma forma minimalista, mas repleta de superfícies elegantes e fluidas.

O que distingue o banco Minus é a sua filosofia de design, que vai além da estética. Cada mudança sutil na superfície tem um propósito ergonômico: uma curva inferior oferece um descanso confortável para os pés, uma indentação superior melhora a experiência de assento e uma parte traseira escavada permite que seja manuseado com facilidade. Essa abordagem não apenas proporciona beleza visual, mas também garante conforto e funcionalidade.

Na produção do banco Minus, a tecnologia se faz presente. O design será realizado em plástico, com um acabamento metálico azulado e variações com padrões de mármore criados por meio da técnica de hidrografia. Com dimensões de 420mm de largura, 350mm de profundidade e 450mm de altura, o banco é uma peça que se destaca tanto pela forma quanto pela função.

A interação com o banco Minus é intuitiva e confortável. Ao sentar-se, o usuário encontra um apoio surpreendentemente confortável e pode posicionar os pés na curva inferior. Além disso, as curvas na parte superior e traseira funcionam como alças, facilitando o manuseio e transporte da peça.

O projeto do banco Minus foi concebido em setembro de 2023 em Pasadena e concluído em dezembro do mesmo ano. Desde então, a peça tem sido exibida na Galeria do ArtCenter College of Design. Durante o processo de design, Yifan Ding realizou uma pesquisa aprofundada sobre ergonomia para sentar, criando protótipos com o auxílio de máquinas CNC e testando-os com um grupo diversificado de usuários. O feedback coletado foi essencial para as modificações iterativas que aprimoraram o conforto e a funcionalidade do banco.

O desafio enfrentado por Ding foi encontrar o fluxo de superfície correto que correspondesse à sensação minimalista desejada. A solução veio com a utilização de ferramentas de Realidade Aumentada (AR), que permitiram inspecionar as mudanças sutis na superfície em tamanho real e em um ambiente virtual. O resultado é uma peça que não apenas atende às necessidades práticas, mas também contribui para um mundo melhor, como reconhecido pelo prêmio Iron no A' Furniture Design Award em 2024.